ABSTRACT
Abstract Dentists should be alert not only to clinical variables, but also to socioeconomic, psychological and cultural factors, which have all been associated with the experience of dental caries. The aim of this study of was to assess social status and dental experience among Brazilian children. A cross-sectional study was conducted involving 1367 male and female children aged six and seven years enrolled at public and private schools in the city of Recife (Brazil) in 2013. The children at tending public schools were socioeconomically less privileged than those attending private schools. Data were collected through interviews and intraoral examinations. Caries experience was high (53.3%) in the overall sample, but less privileged children had larger percentages of decayed teeth and teeth that required extraction (p < 0.001). Children from less privileged social class had a greater chance of having a low (OR = 1.77 [95%CI 1.33 - 2.35]), moderate (OR = 4.41 [95%CI: 3.18 - 6,14]) and high (OR = 9.55 [95%CI 6.01 - 15.16]) caries experience. They also had a greater chance of never visiting a dentist (OR= 2.90 [95% CI 2.25 - 3.74]) and had dental anxiety (OR = 1.70 [95%CI 1.34-2, 16]). Socioeconomic status influences the dental caries experience, the visits to the dentist and the dental anxiety of the children analyzed.
Resumo Os dentistas devem estar atentos não apenas às variáveis clínicas, mas também aos fatores socioeconômicos, psicológicos e culturais, que têm sido associados à experiência de cárie dentária. O objetivo deste estudo foi avaliar o status social e a experiência odontológica em crianças brasileiras. Foi realizado um estudo transversal envolvendo 1367 crianças de 6 e 7 anos de idade, de ambos os sexos, matriculadas em escolas públicas e privadas da cidade do Recife (2013). As crianças de escolas públicas eram socioeconomicamente menos privilegiadas. Os dados foram coletados por meio de entrevistas e exames intraorais. A experiência de cárie foi alta (53,3%), mas as crianças menos privilegiadas tiveram maiores porcentagens de dentes cariados e com extração indicada (p < 0,001). Crianças de classe social menos privilegiada tiveram maior chance de ter experiência de cárie baixa (OR = 1,77 [IC95% 1,33 - 2,35]), moderada (OR = 4,41 [IC95% 3,18 - 6,14]) e alta (OR = 9,55 [IC95% 6,01- 15,16]). E, também tiveram maior chance de nunca visitar um dentista (OR = 2,90 [IC95% 2,25 - 3,74]) e ter ansiedade ao tratamento odontológico (OR = 1,70 [IC95% 1,34 - 2,16]). O status socioeconômico exerce influência na experiência de cárie dentária, nas visitas ao dentista e na ansiedade ao tratamento odontológico das crianças analisadas.